Há coisas fantásticas, neste país que é Portugal, em que nem todos são portugueses. Quem é o diz são os madeirenses... perdão, os organizadores do Rali Vinho Madeira, que decidiram atribuir o prémio de melhor português a Pedro Peres. É que para a organização, nascer na Madeira, dá estatuto de madeirense, e continental é que é português. Esqueceram-se de mencionar o caso do Ricardo Moura. O melhor é ler.
O regulamento do Rali Vinho Madeira, elaborado por madeirenses, impede que um piloto da Região conquiste o troféu de melhor português da competição. Essa distinção tem direitos exclusivos dos pilotos continentais. Só eles, conforme consta na regulamentação da prova, podem conquistar o troféu de Melhor Português no RVM. Um facto que até nem é novo, "faz parte da tradição", segundo revelou Paulo Fontes, ao DIÁRIO.
Por esse motivo, o madeirense Miguel Nunes, que não se quis pronunciar sobre o assunto - "se está no regulamento há que respeitar" - não foi o melhor piloto português da 51.ª edição do Rali Vinho Madeira. A organização decidiu distinguir Pedro Peres como o 'melhor português' da edição finda, independentemente do piloto ter sido apenas 9.º classificado.
Ou seja, apesar de Miguel Nunes ter terminado o rali em 4.º lugar, atrás dos Skoda de Loix (1.º), Kopecký (2.º) e Hänninen (3.º), não foi o melhor português.
Aliás, o que é mais estranho é que esta discriminação está prevista no Regulamento Particular do RVM, no ponto 14.2, referente à Lista dos Prémios e Taças, informa que o melhor português (continental) é premiado com um troféu adjacente.
Os parêntesis fazem, neste caso em concreto, toda a diferença. O prémio de melhor português afinal não é atribuído ao melhor português mas sim ao melhor continental. Assim sendo, e mesmo atendendo ao facto de Pedro Peres ter tido uma prestação inferior do que os portugueses - nascidos na Madeira - Miguel Nunes, Vítor Sá, Filipe Freitas, João Magalhães e João Silva, acabou por assegurar o galardão de 'Melhor Português' do Rali Vinho Madeira.
Uma situação que acabou por apanhar desprevenidos muitos dos presentes na cerimónia de entrega de prémios da competição, que decorreu no Parque de Santa Catarina. Mas que Paulo Fontes, presidente da Comissão Organizadora do RVM, assegura ser normal, em declarações ao DIÁRIO. "Faz parte da tradição premiar o melhor continental e o melhor madeirense. Antigamente havia muita diferença entre os estrangeiros e os nossos, portanto... Hoje em dia é capaz de não fazer muito sentido mas neste caso continua a valer a tradição".
Assim, para Paulo Fontes, o problema será de semântica. "Se está escrito no regulamento de outra forma, está errado. O prémio é para o melhor continental", assegurou.
artigo retirado de Diário de Notícias da Madeira
Por esse motivo, o madeirense Miguel Nunes, que não se quis pronunciar sobre o assunto - "se está no regulamento há que respeitar" - não foi o melhor piloto português da 51.ª edição do Rali Vinho Madeira. A organização decidiu distinguir Pedro Peres como o 'melhor português' da edição finda, independentemente do piloto ter sido apenas 9.º classificado.
Ou seja, apesar de Miguel Nunes ter terminado o rali em 4.º lugar, atrás dos Skoda de Loix (1.º), Kopecký (2.º) e Hänninen (3.º), não foi o melhor português.
Aliás, o que é mais estranho é que esta discriminação está prevista no Regulamento Particular do RVM, no ponto 14.2, referente à Lista dos Prémios e Taças, informa que o melhor português (continental) é premiado com um troféu adjacente.
Os parêntesis fazem, neste caso em concreto, toda a diferença. O prémio de melhor português afinal não é atribuído ao melhor português mas sim ao melhor continental. Assim sendo, e mesmo atendendo ao facto de Pedro Peres ter tido uma prestação inferior do que os portugueses - nascidos na Madeira - Miguel Nunes, Vítor Sá, Filipe Freitas, João Magalhães e João Silva, acabou por assegurar o galardão de 'Melhor Português' do Rali Vinho Madeira.
Uma situação que acabou por apanhar desprevenidos muitos dos presentes na cerimónia de entrega de prémios da competição, que decorreu no Parque de Santa Catarina. Mas que Paulo Fontes, presidente da Comissão Organizadora do RVM, assegura ser normal, em declarações ao DIÁRIO. "Faz parte da tradição premiar o melhor continental e o melhor madeirense. Antigamente havia muita diferença entre os estrangeiros e os nossos, portanto... Hoje em dia é capaz de não fazer muito sentido mas neste caso continua a valer a tradição".
Assim, para Paulo Fontes, o problema será de semântica. "Se está escrito no regulamento de outra forma, está errado. O prémio é para o melhor continental", assegurou.
artigo retirado de Diário de Notícias da Madeira
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