segunda-feira, abril 30

Turbo do Citroen DS3 WRC de Hirvonen não estava conforme

O Vodafone Rali de Portugal terminou com a desclassificação do vencedor, Mikko Hirvonen, em virtude duma ilegalidade detetada na embraiagem do Citroen DS3 WRC, mas a verdade é que se não tivesse sido a embraiagem... era o turbo, pois também esta peça, verificada na altura e posteriormente levada para análise mais detalhada, também foi considerada ilegal.

Aqui fica o texto integral da decisão dos Comissários Desportivos do Vodafone Rally de Portugal:

Com referência à decisão N. 8. Ponto 2 dos Comissários Desportivos do Rally de Portugal: Tendo recebido o relatório do Delegado Técnico da FIA com os resultados da inspeção posterior do turbo (turbina) e do instrumento de medida, e ainda tendo recebido o ponto de vista do construtor do turbo em relação ao seu processo de fabricação, os comissários decidem:

Confirmar a penalidade de exclusão do Carro n. 2 dos resultados do Rally Portugal, incluindo de todos os tempos das classificativas, por não conformidade técnica.

Para chegar a esta decisão, os comissários basearam-se no relatório do delegado técnico que identificou que o instrumento de teste estava de acordo com as medidas apresentadas e que a turbina do turbo excedia as dimensões especificadas e na carta do construtor do Turbo e das peças associadas, na qual foi identificado que cada peça é testada individualmente durante o processo de fabrico.

Os Comissários confirmaram que um carro concorrente tem de estar conforme os documentos de homologação e neste caso dois aspetos não correspondiam, o prato de embraiagem e a turbina do turbo.


Esta decisão, como se sabe, não tem efeitos práticos, já que o piloto já tinha sido desclassificado. A Citroen, entretanto, mostrou a sua estranheza pela decisão alegando que as peças são oriundas todas do mesmo fornecedor, escolhido pela FIA, e foi o desgaste da peça que levou à alteração dos valores constantes da ficha de homologação. Fonte da FIA reconhece esta situação e já revelou que deverão ser feitos ajustes que contemplem a dilatação dos materiais. A FIA decidiu não tomar qualquer outra atitude perante este caso, que termina aqui.

Publicado em Autosport

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