O regresso dos troços de Tavira e São Brás de Alportel constitui uma das muitas novidades previstas para o Vodafone Rally de Portugal 2012, que se realiza de 29 de março a 1 de abril, competição cujo impacto económico em 2011 foi de 92 milhões de euros.
A prova promete grande animação pelas estradas do Baixo Alentejo e Algarve, depois do seu arranque em Lisboa, num total de 22 classificativas, num confronto desportivo entre os nomes mais salientes do Campeonato do Mundo de Ralis.
O duelo Citroën-Ford, que tem marcado as últimas edições do Mundial, terá contornos ainda mais interessantes, com a formação liderada por Malcolm Wilson a tentar interromper uma superioridade que a marca francesa tem manifestado nas últimas edições «mundiais» da prova, depois de duas vitórias de Sebastien Loeb e outras tantas de Sebastien Ogier.
De um lado, pela Citroën, Loeb e Mikko Hirvonen; do outro, pela Ford, o norueguês Petter Solberg e o finlandês Jari-Matti Latvala. Para Ogier, inscrito pela VW Motorsport com um Skoda Fabia S2000, será muito difícil revalidar o título.
Em termos desportivos, há ainda que contar com o atrativo de uma equipa oficial com as cores nacionais, o WRC Team Mini Portugal, com Armindo Araújo e Paulo Nobre, que certamente irá contribuir para levar ao rubro os espectadores portugueses.
A prova traz ainda as grandes figuras do campeonato nacional de ralis, entre os quais o campeão de 2011, Ricardo Moura, em busca da revalidação do seu cetro, e a estreia da WRC Academy, um aliciante programa promocional destinado a jovens valores, onde se inclui o madeirense João Silva.
Três grandes novidades em termos desportivos
A edição de 2012 do Vodafone Rally de Portugal terá uma extensão total de 1564,26 km, incluindo 22 provas de classificação, num total de 434,77 km, ou seja, uma percentagem de 27,8% face à distância total e uma média de 19,76 km por classificativa,
A introdução de três classificativas nocturnas, em Ourique; as duas especiais disputadas no concelho de Tavira, que regressa ao rali, tal como São Brás de Alportel; e uma nova «power stage», de extensão mais reduzida, são as principais alterações face ao modelo do evento nas edições anteriores.
Outra mudança para este ano é a substituição do «shakedown» pela «qualifying stage», que assume as características de uma verdadeira especial, para mais com a oportunidade dos mais rápidos escolherem a sua ordem de partida para o primeiro dia de prova.
O início competitivo do evento terá como cenário o majestoso enquadramento da Praça do Império, com a realização da super especial de Lisboa, na zona do Mosteiro dos Jerónimos e Centro Cultural de Belém.
O regresso ao sul do país será feito numa ligação por estrada até Ourique, palco de uma neutralização antes das três classificativas nocturnas, em Gomes Aires (10,19 km, totalmente novo), Santa Clara (14,29 km, versão mais curta da anterior especial) e Ourique (11,1 km).
A redução das classificativas, a redução da distância habitual entre os postos de rádio e a disponibilização de um helicóptero ambulância com capacidade de voar à noite vão garantir mais segurança.
O segundo dia marca o regresso de Tavira ao Vodafone Rally de Portugal, com duas classificativas, uma totalmente nova (Tavira, 25,01 km) e outra com 70% de percurso novo (Alcarias, 25,15 km), para além de São Brás de Alportel (16,18 km), semelhante à versão de 2010
O terceiro dia de prova não apresenta qualquer alteração face à edição do ano passado, incluindo um conjunto de três classificativas, em Almodôvar (26,22 km), Vascão (25,29 km) e Loulé (22,57 km).
À semelhança do ano passado, então com vitória do algarvio Ricardo Teodósio, neste dia, os concorrentes do Open nacional de ralis, limitado a 30 participantes, vão disputar estes três troços no intervalo das passagens dos concorrentes do WRC.
Disputado a 1 de abril, o derradeiro dia do Vodafone Rally de Portugal apresenta a última grande novidade desta edição, com a introdução de uma nova e curta classificativa, que será o palco do «power stage», que atribui pontos extra em termos de Mundial para os três melhores tempos.
O programa prevê duas passagens pelas seguintes classificativas: Silves (21,42 km, sem alterações), Santana da Serra (31,04 km, idêntico a 2011) e Sambro (5,08 km, utilizando a parte do troço de Santa Clara que não foi realizada no primeiro dia de prova).
Por outro lado, no sábado anterior à prova, realiza-se o Fafe World Rally Sprint, iniciativa extra-rali mas que promete devolver o troço de Fafe/Lameirinha à ribalta do mundo dos ralis, reunindo os principais carros e pilotos presentes na quarta prova do Mundial.
Mais de 90 milhões de euros de impacto económico
O Vodafone Rally de Portugal 2011 teve um impacto económico de 92 milhões de euros, somando o impacto direto positivo na economia ao retorno em termos de notoriedade e presença na comunicação social.
Os números, com base num estudo efetuado pela Universidade do Algarve (UAlg), foram anunciados durante as sessões de apresentação da prova, realizadas terça-feira em Lisboa e quarta-feira no Estádio Algarve, que será o «quartel-general» durante a corrida.
Na conferência de imprensa realizada no recinto algarvio, estiveram o diretor da prova, Pedro Almeida, o vice-presidente do Automóvel Clube de Portugal, António Mocho, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, José Graça, e Fernando Perna, docente da Universidade do Algarve e responsável pelo estudo.
De facto, o impacto positivo direto na economia da região onde a prova se desenrola, em particular o Baixo Alentejo e o Algarve, foi de quase 50 milhões de euros, “um número muitíssimo significativo, por se registar numa época baixa do turismo naquela zona”.
Segundo o estudo da UAlg, que entrevistou 1200 espectadores, 61,3% desta receita correspondeu a exportação de serviços, uma vez que os gastos foram realizados por pessoas ou entidades residentes no estrangeiro.
Quanto ao retorno em termos de notoriedade internacional para o país, medido apenas pela exposição nas diversas cadeias de televisão, atingiu o valor de 42,16 milhões de euros, elevando assim para quase 92 milhões o impacto económico da competição.
“Desde que voltámos ao Mundial de ralis, escolhemos o Algarve como base da organização e o retorno tem sido extremamente significativo. Os números comprovam que esta é a prova desportiva com maior retorno para o país após o Euro'2004 em futebol”, considerou o «vice» do ACP, António Mocho.
publicado em Região Sul
A prova promete grande animação pelas estradas do Baixo Alentejo e Algarve, depois do seu arranque em Lisboa, num total de 22 classificativas, num confronto desportivo entre os nomes mais salientes do Campeonato do Mundo de Ralis.
O duelo Citroën-Ford, que tem marcado as últimas edições do Mundial, terá contornos ainda mais interessantes, com a formação liderada por Malcolm Wilson a tentar interromper uma superioridade que a marca francesa tem manifestado nas últimas edições «mundiais» da prova, depois de duas vitórias de Sebastien Loeb e outras tantas de Sebastien Ogier.
De um lado, pela Citroën, Loeb e Mikko Hirvonen; do outro, pela Ford, o norueguês Petter Solberg e o finlandês Jari-Matti Latvala. Para Ogier, inscrito pela VW Motorsport com um Skoda Fabia S2000, será muito difícil revalidar o título.
Em termos desportivos, há ainda que contar com o atrativo de uma equipa oficial com as cores nacionais, o WRC Team Mini Portugal, com Armindo Araújo e Paulo Nobre, que certamente irá contribuir para levar ao rubro os espectadores portugueses.
A prova traz ainda as grandes figuras do campeonato nacional de ralis, entre os quais o campeão de 2011, Ricardo Moura, em busca da revalidação do seu cetro, e a estreia da WRC Academy, um aliciante programa promocional destinado a jovens valores, onde se inclui o madeirense João Silva.
Três grandes novidades em termos desportivos
A edição de 2012 do Vodafone Rally de Portugal terá uma extensão total de 1564,26 km, incluindo 22 provas de classificação, num total de 434,77 km, ou seja, uma percentagem de 27,8% face à distância total e uma média de 19,76 km por classificativa,
A introdução de três classificativas nocturnas, em Ourique; as duas especiais disputadas no concelho de Tavira, que regressa ao rali, tal como São Brás de Alportel; e uma nova «power stage», de extensão mais reduzida, são as principais alterações face ao modelo do evento nas edições anteriores.
Outra mudança para este ano é a substituição do «shakedown» pela «qualifying stage», que assume as características de uma verdadeira especial, para mais com a oportunidade dos mais rápidos escolherem a sua ordem de partida para o primeiro dia de prova.
O início competitivo do evento terá como cenário o majestoso enquadramento da Praça do Império, com a realização da super especial de Lisboa, na zona do Mosteiro dos Jerónimos e Centro Cultural de Belém.
O regresso ao sul do país será feito numa ligação por estrada até Ourique, palco de uma neutralização antes das três classificativas nocturnas, em Gomes Aires (10,19 km, totalmente novo), Santa Clara (14,29 km, versão mais curta da anterior especial) e Ourique (11,1 km).
A redução das classificativas, a redução da distância habitual entre os postos de rádio e a disponibilização de um helicóptero ambulância com capacidade de voar à noite vão garantir mais segurança.
O segundo dia marca o regresso de Tavira ao Vodafone Rally de Portugal, com duas classificativas, uma totalmente nova (Tavira, 25,01 km) e outra com 70% de percurso novo (Alcarias, 25,15 km), para além de São Brás de Alportel (16,18 km), semelhante à versão de 2010
O terceiro dia de prova não apresenta qualquer alteração face à edição do ano passado, incluindo um conjunto de três classificativas, em Almodôvar (26,22 km), Vascão (25,29 km) e Loulé (22,57 km).
À semelhança do ano passado, então com vitória do algarvio Ricardo Teodósio, neste dia, os concorrentes do Open nacional de ralis, limitado a 30 participantes, vão disputar estes três troços no intervalo das passagens dos concorrentes do WRC.
Disputado a 1 de abril, o derradeiro dia do Vodafone Rally de Portugal apresenta a última grande novidade desta edição, com a introdução de uma nova e curta classificativa, que será o palco do «power stage», que atribui pontos extra em termos de Mundial para os três melhores tempos.
O programa prevê duas passagens pelas seguintes classificativas: Silves (21,42 km, sem alterações), Santana da Serra (31,04 km, idêntico a 2011) e Sambro (5,08 km, utilizando a parte do troço de Santa Clara que não foi realizada no primeiro dia de prova).
Por outro lado, no sábado anterior à prova, realiza-se o Fafe World Rally Sprint, iniciativa extra-rali mas que promete devolver o troço de Fafe/Lameirinha à ribalta do mundo dos ralis, reunindo os principais carros e pilotos presentes na quarta prova do Mundial.
Mais de 90 milhões de euros de impacto económico
O Vodafone Rally de Portugal 2011 teve um impacto económico de 92 milhões de euros, somando o impacto direto positivo na economia ao retorno em termos de notoriedade e presença na comunicação social.
Os números, com base num estudo efetuado pela Universidade do Algarve (UAlg), foram anunciados durante as sessões de apresentação da prova, realizadas terça-feira em Lisboa e quarta-feira no Estádio Algarve, que será o «quartel-general» durante a corrida.
Na conferência de imprensa realizada no recinto algarvio, estiveram o diretor da prova, Pedro Almeida, o vice-presidente do Automóvel Clube de Portugal, António Mocho, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, José Graça, e Fernando Perna, docente da Universidade do Algarve e responsável pelo estudo.
De facto, o impacto positivo direto na economia da região onde a prova se desenrola, em particular o Baixo Alentejo e o Algarve, foi de quase 50 milhões de euros, “um número muitíssimo significativo, por se registar numa época baixa do turismo naquela zona”.
Segundo o estudo da UAlg, que entrevistou 1200 espectadores, 61,3% desta receita correspondeu a exportação de serviços, uma vez que os gastos foram realizados por pessoas ou entidades residentes no estrangeiro.
Quanto ao retorno em termos de notoriedade internacional para o país, medido apenas pela exposição nas diversas cadeias de televisão, atingiu o valor de 42,16 milhões de euros, elevando assim para quase 92 milhões o impacto económico da competição.
“Desde que voltámos ao Mundial de ralis, escolhemos o Algarve como base da organização e o retorno tem sido extremamente significativo. Os números comprovam que esta é a prova desportiva com maior retorno para o país após o Euro'2004 em futebol”, considerou o «vice» do ACP, António Mocho.
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