segunda-feira, março 19

Nuno Matos: “É um segundo lugar que sabe a vitória”

Nuno Matos e Filipe Serra começaram da melhor maneira a sua participação no CPTT 2012, já que asseguraram os 25 pontos da vitória na Baja CARMIM, a primeira de seis provas que compõem o calendário do campeonato. Tudo porque o vencedor, Christian Lavieille, não conta para o campeonato.

É um segundo lugar que sabe a vitória e que nos coloca, desde já, com uma vantagem importante face aos nossos principais adversários na luta pelo título nacional. É claro que ainda faltam mais cinco provas para o final do campeonato e que muita coisa pode ainda acontecer… Mas é óbvio que saio daqui muito satisfeito, não só pelo resultado mas, sobretudo, pela inequívoca demonstração de fiabilidade do nosso Astra Proto, logo numa prova tão longa e exigente como esta”, afirmou Nuno Matos à chegada ao pódio em Tavira, após quase 320 km de um longo e duro Setor Seletivo.

Depois de ontem ter fechado o primeiro de competição na liderança da corrida, com uma curta vantagem de 12,3 segundos sobre o segundo classificado, o piloto do Astra Proto acabou por ter um início de prova bastante difícil, resultado de dois furos praticamente consecutivos nos 70 km iniciais, numa altura em que piloto procurava forçar o ritmo para minimizar a paragem que tinha planeado cumprir na primeira Zona de Assistência (km 76).

Apesar do muito tempo perdido com estas três paragens, a verdade é que Nuno Matos nunca deixou de ser um dos mais rápidos em pista, beneficiando depois de ter pneus novos montados no seu Astra Proto para atacar a fundo na segunda metade do percurso e rapidamente colocar-se na vice-liderança, já a salvo de qualquer aproximação por parte do seu perseguidor mais direto.

Logo que passámos para a frente da classificação dos portugueses, assumimos que não valeria a pena arriscar tudo para recuperar algum terreno para o Christian Lavieille. É verdade que ainda chegámos a ganhar-lhe algum tempo a meio do percurso, mas como ele não interferia para as contas do campeonato, preferimos salvaguardar o nosso 2º lugar e garantir os 25 pontos no final”, justificou Nuno Matos, cuja maior dificuldade nos quilómetros finais foi mesmo encontrar o ritmo certo para não perder a concentração e evitar qualquer percalço que comprometesse o resultado.

Se pensarmos que há ano um desistimos nesta mesma baja logo na Super Especial, é evidente que só podemos sair daqui satisfeitos com este resultado, que valida todo o trabalho de desenvolvimento que realizámos ao longo da pré-época. Além de sentir-me mais rápido, sinto agora outra confiança no carro e um prazer ainda maior na sua condução. Enfim, posso assegurar que diverti-me bastante nesta prova”, concluiu Nuno Matos, que parte agora para o Ervideira Rali TT (21 a 22 de abril) determinado em defender a liderança de um dos mais competitivos campeonatos de TT da Europa.


publicado em Autosport

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