segunda-feira, outubro 29

Mortágua: Bruno campeão

De uma forma previsível Bruno Magalhães / Paulo Grave asseguraram em Mortágua o título absoluto de ralis. Os seus principais adversários - José Pedro Fontes / Fernando Prata - ficaram fora de prova depois de um violento acidente.
Depois do azar de Fontes na SE, em que se enganou no percurso e perdeu mais de 30 segundos na correcção, Bruno ficou mais à vontade ao ver o piloto da FIAT perder mais de 3 minutos com um furo na primeira classificativa do dia, seguida do acidente que viria a provocar a neutralização da prova. Bruno Magalhães via ficar de fora o único adversário que parecia estar em condições de lhe "roubar" o triunfo. Mesmo mantendo a táctica de não arriscar o piloto da Peugeot dilatava a sua vantagem para os adversários e chegava a Mortágua em ambiente de festa
Com Magalhães inacessível, Mex envolvia num duelo com Fernando Peres ao longo de toda a prova. Peres entrou algo adormecido no dia de Sábado e só no 1º troço perdeu mais de 10 segundos para Mex, desvantagem que o ex-campeão nacional não conseguiria esbater ao longo do dia, resignando-se com o 3º lugar. Para Mex, o 2º lugar foi o seu melhor resultado de sempre num rali do nacional.
Vitor Pascoal surgiu em Mortágua um degrau abaixo do que o piloto esperava, lamentado-se de um carro com um set-up deficiente que o impediu de chegar mais longe do que o 4º lugar final, lugar que intermediou dois grupos de lutas.
Atrás de Pascoal terminou Adruzilo Lopes, que voltava aos ralis após uma experiência menos positiva no todo-o-terreno, para estrear o novíssimo Renault Clio R3 da ARC Sport. Entrou no rali devagar mas foi subindo o ritmo de forma endiabrada e "arrancou" o 5º lugar a Pedro Leal no derradeiro troço. Leal viu-se batido por apenas 1 segundo mas garantiu os pontos necessários para se manter na luta pelo título de Grupo Turismo com Francisco Barros Leite, também este satisfeito com o lugar conseguido, o 7º. Paulo Antunes ficou no último lugar pontuável, na frente de Carlos Matos e de Bernardo Sousa que se lamentou de um pneu descolado de uma jante para este resultado.
Entre os que ficaram pelo caminho, Nuno Barroso Pereira surgiu em Mortágua mais adaptado ao VW Polo S2000, tendo lutado pelo 5º lugar final até problemas de motor o terem levado ao abandono. Também Valter Gomes abandonou da parte da tarde, depois de uma rali com imensos problemas no Mitsubishi.
Quanto ao acidente de José Pedro Fontes - A saída ocorreu numa sequência de curvas após uma passagem sob a linha de comboio do troço de Espinho 1, sendo caraterizada por uma significativa violência, tendo o carro ficado tombado sobre o lado direito. Ter-se-á devido à quebra direcção do FIAT Punto S2000. O piloto terá dado um toque numa pedra e na fatídica curva Fontes saiu em frente. Fernando Prata acabou por ver-lhe diagnosticada uma vértebra lombar partida, sendo submetido uma intervenção cirúrgica .
Alterado de Sportmotores

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