quinta-feira, outubro 27

Francisco Afonso: O futuro dos ralis alentejanos

Durante o Rali de Beja, Francisco Afonso, manifestou contentamento pelos elogios dados às provas organizadas pelo Aero Clube de Beja. No entanto, também mostrou algum desânimo pelas condições difíceis que as organizações enfrentam.



Nas provas do Aero Clube de Beja é Francisco Afonso quem dá o rosto pelos ralis, e tem desempenhado as funções de diretor de prova tanto em Serpa, como em Beja. À semelhança da maioria dos responsáveis das entidades organizadores, coloca a experiência e a paixão que nutre pelo automobilismo no terreno, usando os meios que dispõe para tornar os seus ralis mais interessantes, competitivos e economicamente viáveis.
Durante o Rali de Beja, confessou passar por um misto de emoções. Por um lado, a satisfação de conseguir colocar a prova no terreno, apesar de muitas contrariedades, e o bom “feedback” que obteve, tanto por parte dos concorrentes, como do público. Por outro lado, não deixou de demonstrar o desânimo pelas enormes dificuldades em “arranjar apoios e ao desinteresse de certos organismos, nomeadamente as autarquias em relação ao desporto automóvel”. Reforçou a ideia referindo-se aos elevados custos para colocar uma prova na estrada, dando como exemplos os preços das inscrições na FPAK, licenças, pareceres de entidades ou os custos de policiamento.
Questionado sobre o futuro das provas do CRRS, referiu que “não obstante o desânimo face à situação atual, os ralis no Alentejo e no Algarve estão vivos e com alguma saúde, basta ver a qualidade das listas de Serpa e Beja face aos demais regionais” referindo estar já a trabalhar para a próxima época – “Quanto ao próximo ano, aguardemos! Algumas autarquias aferindo a adesão do público nestes dois ralis estão a repensar um possível envolvimento”, completando que ”a nível organizativo, poderão haver algumas surpresas”.

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